Terminologias

O conceito de Saúde Única não é novo. Ele remonta ao século 19, quando os cientistas determinaram muitas semelhanças nos processos de doença em humanos e animais. Mais recentemente, suas aplicações envolvem veterinários e outros cientistas que colaboram para proteger a saúde pública. A Saúde Única reconhece que “a saúde das pessoas está ligada à saúde dos animais e do meio ambiente” e o “objetivo é alcançar resultados de saúde ideais, reconhecendo a interconexão entre pessoas, animais, plantas e seu ambiente compartilhado”. (Center for Disease Control, EUA). O Center for Disease Control adoptou a definição de saúde da Organização Mundial de Saúde, como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social” (OMS, 1946).

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Mais recentemente, a abordagem interdisciplinar foi estendida ao Bem-Estar Único, que reconhece as inter-relações entre o bem-estar animal, o bem-estar humano e o meio ambiente (Pinillos, 2016). A natureza colaborativa e interdisciplinar de ambas as abordagens oferece oportunidades únicas para profissionais de várias disciplinas e partes interessadas colaborarem localmente, nacionalmente, e globalmente, para alcançar a saúde ideal das pessoas, animais e meio ambiente. A referência da Organização Mundial da Saúde aos estados emocionais e sociais também podem ser encontrados no Bem-Estar Único (Fraser, 2008), que enfatiza a forte ligação entre o bem-estar animal e a saúde humana.

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A Saúde Única e o Bem-estar Único são relevantes para as Intervenções Assistidas com Animais, cujos objetivos são semelhantes: a melhoria da saúde, bem-estar e funcionamento humano. Os veterinários podem utilizar o seu conhecimento acerca das interações entre humanos e animais, e saúde e comportamento dos animais, para tratar de questões de saúde pública, numa estrutura de Saúde Única e Bem-Estar Único. Os veterinários de animais de companhia estão começando a adotar essa prática para apoiar o bem-estar e a qualidade de vida dos clientes, ao mesmo tempo em que oferecem altos padrões de cuidados veterinários em uma abordagem denominada prática veterinária centrada no vínculo (Ormerod, 2008).

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Jordan e Lem (2014) eloquentemente explicam que “onde há estados precários de bem-estar humano, comumente existem estados precários de bem-estar animal (...) Da mesma forma, os animais costumam agir como indicadores de saúde e bem-estar humanos, como pode ser visto na relação entre o abuso de animais e a violência familiar” (p. 1203). Seria antiético iniciar uma IAA com o objetivo de melhorar o bem-estar do paciente por meio de um programa que comprometa o bem-estar do animal, ou de outros indivíduos. Ao projetar IAAs eficazes, as instalações e os condutores devem garantir que as disposições e os protocolos adequados estejam em vigor para monitorar e proteger continuamente a saúde e o bem-estar de todos os pacientes, funcionários, condutores, tratadores, visitantes e animais envolvidos. Uma abordagem interdisciplinar do tipo Bem-estar Único e Saúde Única possibilitará esse objetivo.